quarta-feira, 4 de maio de 2016

Que assim seja então!




Aquele que já possui a noção do bem, que busca adequá-lo à sua forma de pensar e de agir, principalmente, quando baseia seu esforço em crescer no Evangelho do Cristo, ou como em nossa razão de estudo, na Doutrina Espirita, deve estar sempre alerta e vigilante para que sua postura e escolhas o mantenham nesta linha de conduta, devendo já possuir a consciência de que, quando fali, é porque novamente se deixou arrastar por seus sentimentos negativos e instintos inferiores, ainda não dominados e controlados, suprimidos ou transformados, tendo como mérito ou lenitivo, geralmente, a pronta percepção do erro, e a rápida retomada na busca do reequilíbrio, buscando não mais recalcitrar.



Aquele que já atingiu ao estágio de reconhecer suas próprias imperfeições, e se propõe a combatê-las, precisa também estar ciente que, mais cedo ou mais tarde, voltará a errar, a se equivocar, por mais atento que esteja para que tal não ocorra; isso porque, se está em combate, se está em ação, devido a sua imperfeição ainda latente, natural se faz que nem sempre atinja ao sucesso em seus objetivos, em suas resoluções, agregando para si durante o processo renovador, vitórias e derrotas que farão parte de seu aprendizado, até que venha a ter pleno domínio sobre si mesmo e sobre suas possibilidades realizadoras no bem.



O importante nesta fase de transição, de luta íntima, é o não esmorecimento, é não se deixar abater, não se deixar levar pelo desânimo, pela dúvida sobre sua própria potencialidade, sobre seu poder de mudança, ainda mais que nesta fase estará propenso a receber inúmeras influências negativas, encarnadas e desencarnadas, que buscarão mantê-lo no mesmo estágio no qual se encontra, advindas de adversários, de cúmplices, de associados no erro, não interessados, pelos mais variados motivos, em vê-lo deixar o patamar inferior no qual atualmente se encontra.



Natural, sendo o primeiro passo para o reequilíbrio íntimo, que venhamos a nos arrepender dos nossos erros e do mal que, voluntária ou involuntariamente causarmos, principalmente, quando nosso objetivo já é o bem, porém em nenhum momento devemos nos deixar arrastar pelo remorso destrutivo, aquele que nos mantém acorrentados ao erro perpetrado, aos companheiros de jornada ou as situações que viermos indevidamente prejudicar, deixando claro, sim, o quanto lamentamos e o quanto é sincero o nosso desejo de reparação, quando esta se faz no momento possível, mas sem que com isso venhamos a perder o equilíbrio, a razão, o discernimento, fatores primordiais para que continuemos avançando, com plena capacidade de recuperação, prontos para novos aprendizados, para o resgate de débitos, para a busca constante da renovação individual.



Assim, deverá se tornar natural em nossa existência, quando a baseamos na moral evangélica, o ato de perdoar e de nos desculpar, não nos prendendo a mágoas, a melindres, a desejos de vingança ou retaliação, a não julgarmos para não sermos julgados, compreendendo as diferenças evolutivas e de personalidade, não nos prendendo a sentimentos de culpa, a traumas, cientes que não será fácil o caminho da transformação de sentimentos, ainda mais que já são séculos, vidas, nos quais nos arrastamos dominados por nossas imperfeições e por sentimentos enfermiços, como o egoísmo, a vaidade, a prepotência, o orgulho, a dúvida, o medo, e ao domínio de vícios e paixões degradantes, quando insistíamos em buscar à felicidade nas efêmeras alegrias que a inferioridade humana proporciona.



Esta retomada de atitudes, este desejo sincero de renovação, este enfrentamento consciente de nossas imperfeições e das possibilidades reais que ainda temos de falir, para que venham a se tornar experiências positivas e produtivas no enriquecimento e fortalecimento de nossa personalidade eterna, deverão se basear no mais puro sentimento cristão, independente de religiões ou crenças, deverá se basear na humildade, na caridade, na honestidade, na ética, no respeito, no companheirismo, na simplicidade, e, essencialmente, no amor, no puro amor, que engloba a tudo e a todos, ao homem, a natureza, aos animais, e, principalmente, a Deus, a Força Maior criadora e realizadora.




Que assim seja então!         



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