Estamos
sempre, em nossa existência física ou espiritual, recebendo novos conhecimentos,
novas informações, novas possibilidades e perspectivas, para avançarmos e,
assim, enriquecermos nossa personalidade, e de acordo com as prioridades imediatistas
que definirmos para nós, através do nosso livre arbítrio, deles nos
aproveitarmos de forma positiva ou negativa, escrevendo assim, diariamente, a
nossa história evolutiva, de acordo com nossas decisões e escolhas.
Aquele
que, levianamente, ainda se entrega a vícios, a sentimentos negativos, sem se preocupar em buscar sua transformação espiritual, mesmo que venha a
ser convidado à leitura edificante, a conhecer os exemplos e a postura do
verdadeiro homem de bem, baseada na ética, na honestidade, na sinceridade de intenções,
visando sempre o bem comum, e não apenas aquilo que lhe trará prazer imediato, dificilmente
estará aberto a compreensão, ao entendimento, desprezando quaisquer conselhos e
orientações no sentido que reveja suas atitudes, ainda mais porque, em sua
concepção, apoiado mesmo pela forma de conduta de nossa sociedade atual, nada
mais está fazendo agora, que lutar de igual para igual com aqueles que cruzam sua existência
diária, onde aprendeu a ver em irmãos, adversários, em companheiros de jornada,
inimigos a serem vencidos.
Aqueles que preferem mais as formas exteriores, as convenções, que encaram a
espiritualidade ou a religiosidade como um dever social a ser cumprido, também
dificilmente estarão abertos a novos conhecimentos, a novas descobertas, a
novos aprendizados, por não desejarem, até mesmo por comodidade, rever seus conceitos,
sua forma de viver, o que os levaria, provavelmente, a assumirem maiores responsabilidades
individuais, a renovarem seus pensamentos, a formar pela qual se comunicam, onde
não mais poderiam delegar sua renovação a simples dogmas e
rituais a serem semanalmente cumpridos, quando precisa se preocupar apenas em seguir orientações
ou ordens de homens que se colocam como medianeiros diretos entre eles e a divindade.
Ao
não terem que se preocupar com novos conhecimentos, com mudanças, se esquivam em
assumir novas responsabilidades, novos compromissos, não só com o próximo, ou
com as instituições religiosas a que se filiam, mas também, em não assumir
compromissos consigo mesmos, com seus íntimos, com os sentimentos que governam
suas vidas, com aquilo que sentem e que produzem diariamente em relação a sua
interação com as pessoas e com o mundo onde vive.
Como eles, assim costumamos agir não só em se tratando de nossa religiosidade ou da nossa
espiritualidade, mas também, em nossa luta diária, onde refreamos a nossa curiosidade,
a nossa sede de saber, por diversos motivos, como a comodidade, a preguiça, o medo
de novos desafios ou de nos vermos obrigados a abandonar nossa zona de conforto, por
acharmos que não temos condições de aprender, por nos desvalorizarmos, não nos
considerando inteligentes ou aptos para mudanças, para renovações, para evoluirmos
como seres humanos, parando no tempo, satisfeitos com o pouco que conquistamos,
com velhas desculpas e justificativas para nos mantermos distantes do esforço, do estudo, do aprendizado, única forma real de aspirarmos novos feitos, novos
estágios.
Felizes aqueles que, independente da idade, da classe social, do estado civil, das
limitações físicas, se mantém sempre ativos para novos desafios, para novas
experiências, acompanhando, como possível, a evolução humana e da sociedade
onde vivem, de mente aberta, sem se apegarem a lugares comuns, a convenções, a
dogmas sociais ou religiosos, buscando no entendimento próprio, no esforço, na
curiosidade sadia e impulsionadora, suas perguntas, seus questionamentos, suas
respostas, não apenas comodamente se deixando manipular e levar por aquilo que
a conveniência humana resolve diariamente a ditar como regra ou como
normalidade, mas sendo efetivamente o condutor seguro de seu destino.
Jesus,
Nosso Amado Mestre, definiu que muito será cobrado daquele que muito recebeu, e
assim tem que ser. O conhecimento nos faz avançar, nos faz crescer, pois,
quanto maior capacidade realizadora, quanto maior experiência, quanto maior discernimento
e percepção, maiores serão as nossas chances de evoluir no plano
físico, de enriquecer, de chegar ao poder, e consequentemente, maior será nossa
responsabilidade quanto ao uso de tudo aquilo que conquistarmos para nós, por
tudo que fizermos de positivo e de negativo, por todo bem que realizarmos e por
todo aquele que deixarmos de fazer.
O
caminho é o bem, independente de vivermos dedicados ou não a nossa
religiosidade, o importante é desenvolvermos os valores éticos e morais que
garantem a paz, o entendimento, o respeito, a civilidade.
Ao
buscarmos crescer, aprender, melhorar como individualidade, seja qual for o
nosso objetivo imediato, seja nas nossas relações pessoais, familiares, seja em
âmbito profissional ou em outras atividades que no sintamos atraídos, o
importante é que nossas vitórias sejam acompanhadas com conquistas íntimas,
com a renovação de nossos sentimentos, de nossa forma de agir e reagir aos
embates da vida, aprendendo a viver com humildade, com imparcialidade, com
tolerância, aprendendo a perdoar e a pedir perdão, aprendendo o real valor da
amizade, e, principalmente, do amor.
Não
há dúvidas, sejamos cristãos ou não, seguindo ou não alguma corrente religiosa,
que como Exemplo, como Guia, como Roteiro, não há melhor que Jesus Cristo, onde, com seus conceitos de paz, de solidariedade, de coragem e de amor, aprendemos a
valorizar, seja no que for a que nos dediquemos, à felicidade, não só a individual,
mas a de todos, única forma de que esta venha a se tornar eterna e real.
Como espíritas que somos, não temos como negar ou ignorar a necessidade
preeminente do conhecimento, do estudo, de nos libertarmos das amarras que até
então quiseram nos impor em relação a essência cristã, ao verdadeiro sentimento
do bem, a necessidade de resgatarmos nossas faltas, a nos atermos a nossa transformação espiritual, cientes sempre que só
através do estudo e do trabalho, poderemos avançar, e não mais, como em tantas
outras vezes, desperdiçar esta oportunidade no plano físico, para algo melhorarmos, para algo avançarmos, na direção de nossa evolução espiritual, visando, sempre, novos e
importantes desafios.
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