quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Sigamos seu Exemplo!



Muito já ouvimos, já lemos, já vimos, em nossos estudos, nos cultos que frequentamos em nossas religiões, nas palestras que assistimos em nosso centro, a palavra do Mestre Jesus, seus ensinamentos, suas parábolas, seus exemplos, e em todos eles o Cristo nos mostra sua absoluta certeza e confiança na Vontade do Pai, tanto que na própria oração que nos deixou de legado, deixa implícito está fé inabalável que o move:


“...Pai, seja feita a Vossa Vontade, aqui na Terra como no Céu...”


Grande parte das situações que hoje vivemos, principalmente aquelas que nos trazem apreensões, sofrimentos, dificuldades, são consequências de nossos atos, de nossas escolhas, de nossa postura, são meras reações às nossas ações, tenham sido elas levadas a efeito em um passado próximo ou até mesmo decorrentes de existências anteriores ou do período que passamos no plano espiritual, porque lá também plantamos várias sementes que mais cedo ou mais tarde germinarão.

Enfermidades, sofrimentos, problemas, fracassos profissionais, dificuldades financeiras, traições, injustiças, agressões, perda de entes queridos, de forma natural ou traumática, acidentes que nos tiram a possibilidade da continuidade da vida que antes levávamos, muitos nos tirando a mobilidade, a visão, são fatos que nos levam, quando não baseada nossa vida na fé e na certeza da justiça e bondade divina, ao desespero, a revolta, a tristeza, a depressão, fazendo com que muitas vezes venhamos a cometer delitos que além de nos agravarem ainda mais a nossa situação presente, irão nos levar a situações ainda mais dolorosas no futuro, seja ainda nesta mesma existência, ou quando do nosso retorno ao plano espiritual, em alguns casos até mesmo nos levando a cometer um dos mais graves crimes que a criatura humana pode cometer quando em sua estada no plano físico, que é o atentado contra sua própria vida, o suicídio.

Muitas vezes a dor, o sofrimento, chega até nós em um momento de nossa existência onde tudo parece nos sorrir, onde nada parece que dará errado, quando mais nos identificamos com a felicidade, com a paz, atingindo a nós diretamente ou a um ente querido, como um pai, um cônjuge, um filho, nos atordoando ante a surpresa, ainda mais, se estivermos neste período em franca atividade cristã, participando efetivamente das lides religiosas da frente espiritual que escolhemos para nós, quando nos dedicamos ao estudo, ao trabalho, as tarefas assistenciais, plenamente identificados com o ideal de amor e fraternidade.

A dor e o sofrimento, ainda mais quando não provocado diretamente por nós, pelo menos no momento da existência que estamos vivendo, é sempre um baque difícil de ser suportado e superado, principalmente, pelo elemento surpresa, quando tudo parecia estar devidamente em seu lugar, quando tudo parecia nos sorrir.


“Pai, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra como no Céu”   


Se um pai terreno, quando devidamente engajado na sua missão de amar e educar seu filho, precisa agir, por vezes, de forma mais rígida, disciplinada, para que ele não venha a se desviar do caminho do bem, para que não cometa erros, para que não sofra consequências dolorosas dentro da sua inexperiência de vida, negando várias vezes o que a criança pede, para lhe dar o que ela, de fato, precisa para seu crescimento sadio, para que seu futuro seja com melhores possibilidades de conquistas, se um pai terrestre briga com seu filho quando ele tenta fazer algo que poderá leva-lo a um acidente, a vir prejudicar a si mesmo ou a outras crianças, se um pai terrestre não fará nada em sã consciência que venha a prejudicar seu filho, o que pensar então de um Pai infinitamente amoroso, sábio, justo, detentor do poder supremo, da bondade em sua mais pura essência, como duvidar, questionar, se revoltar contra um Pai que sabe tudo que se passa a sua volta, que cuida de cada átomo de sua criação com o mesmo amor, com o mesmo carinho, com a mesma justiça?

Se a dor nos visita, se a enfermidade nos atinge, se a injustiça humana nos agride, mesmo nos momentos em que mais estamos focados nas tarefas do bem, teremos sempre condições plenas de suportar e superar prosseguindo resolutamente o nosso caminho, mesmo que tenhamos que deixar para trás as conquistas que pensávamos nos pertencer, ainda mais que a maioria de tudo que hoje detemos no plano físico, nada mais é que empréstimo da vida para que dela façamos o melhor.

Todos os dias alguém está sendo visitado pela dor, por um problema, muitos mais graves que os nossos, o que, de fato, não nos fará deixar de sentir ou sofrer, mas que nos mostra que não somos privilegiados, que ninguém está isento de sofrimento, que não estamos sofrendo uma injustiça, porque vários outros também sofrem, e muitos de forma valorosa, de fronte erguida, com coragem, com equilíbrio, enquanto uns sofrem por ter perdido um carro, outros sorriem mesmo não tendo as duas pernas para caminhar.


“...o fardo nunca será superior as nossas forças...”


Assim prometeu Jesus, e assim é de fato, não há problema, dificuldade, sofrimento, fracasso, que venhamos a enfrentar que não tenhamos condições de suportar, de vencer, de transformar em lição e aprendizado.

Se somos cristãos, se somos espíritas, se temos fé em um Deus, em um Pai Supremo a zelar por nós, precisamos demonstrar esta certeza exatamente nos momentos mais difíceis.

É fácil ser estudioso, trabalhador da seara espírita, um bom palestrante, um médium, um dirigente, um frequentador assíduo e atuante quando a vida nos sorri.

É fácil falar da vida após a morte, comentar sobre os sofrimentos dos espíritos que vem nos trazer seus relatos, lhes enviando pensamentos de paz, de equilíbrio, enquanto nossos entes queridos estão bem e ao nosso lado.

É fácil pedir tolerância, paciência, sugerirmos perdão, enquanto não somos nós os traídos, os prejudicados, os agredidos.

São nos momentos mais difíceis, e nenhum de nós está isento deles, que precisamos demonstrar, principalmente para nós, o quanto já assimilamos dos conceitos cristãos, o quanto já nos entregamos de corpo e alma a Bondade Divina, o quanto de fato nós já renunciamos ao que queremos para o que precisamos, relembrando, principalmente, Àquele que foi que mais sofreu, que mais foi injustiçado, e que ao mesmo tempo, foi o que mais doou, o que mais serviu, o que mais amou, pura e incondicionalmente, tanto que suplicou ao Pai que perdoasse seus algozes, pois, não sabiam o que faziam, o Nosso Amado Mestre Jesus Cristo.


Sigamos seu Exemplo!

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