terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Inúmeros serão os percalços que surgirão...





Para todo serviço que tem como objetivo acrescentarmos algo nas tarefas do bem, entre eles, aqueles que desenvolvemos na seara espírita, precisamos possuir, não a perfeição, pois, esta não se encontra no atual estágio evolutivo do nosso planeta, de provas e expiações, mas a disciplina e a perseverança de levarmos a efeito os esforços para que, como instrumentos das forças superiores, estejamos devidamente capacitados, preparados, habilitados, para que nossa sintonia seja a mais límpida possível com nossos benfeitores e mentores espirituais.



Para que efetivemos nossa participação nos labores doutrinários, precisamos lembrar que, em nenhum momento, haverá por parte daqueles que nos são superiores, e que nos guiam e orientam do plano espiritual, qualquer tipo de constrangimento ou exigência, nenhuma imposição ou obrigatoriedade, respeitado que será, sempre, o nosso livre arbítrio, isso, por mais que tenhamos nos comprometido em participar e auxiliar nos trabalhos e estudos que deverão ser executados e levados a efeito.



Porém, se aceitamos e, de fato, estamos propensos a realiza-los, precisamos ter a hombridade e a responsabilidade de executa-los a contendo do que se espera de um tarefeiro do Espiritismo Cristão, nos mantendo vigilantes para não permitir que nenhum sentimento negativo, nenhuma ação inferior, venha conturbar nosso equilíbrio íntimo, assim como o do ambiente onde formos chamados a interagir.



Os principais prejudicados, sempre, quando desviados estivermos dos objetivos maiores em nossas tarefas, seremos nós mesmos, quando incorreremos no erro de desperdiçarmos energia e tempo, sem que os objetivos principais venham a ser conquistados, com o agravante de termos que assumir as responsabilidades por tudo que deixar de ocorrer por todo bem não realizado, assim como, do mal que esta ausência, ou esse desleixo sobre nossos compromissos, tenha gerado.



Para servirmos dignamente nas tarefas do bem, sejam elas inerentes as tarefas do centro que frequentamos, ou ações externas, como as assistenciais, temos que procurar sermos bons, dentro daquilo que esta concepção representa, disciplinando-nos de acordo com nossas responsabilidades, sem perder o entusiasmo e, principalmente, o desejo sincero de servir, de ser útil ao próximo, de forma sincera, nos preocupando em orarmos e vigiarmos para não sermos surpreendidos por nossas próprias imperfeições, ou pelo negativismo ainda vivo em estado latente em nosso íntimo, oriundo de outras experiência carnais, ou de estágios mal aproveitados quando no plano espiritual.



O amor em servir, em ser útil, sem nada esperar em troca, sem julgar, sem questionar, sem selecionar ou elitizar a quem desejamos ajudar, essa deve ser a nossa postura ideal, tudo de acordo com a essência da conduta cristã, baseada na simplicidade da parábola do bom samaritano, onde o que contou não foi a posição ou o destaque social, o poder ou as posses materiais, mas unicamente a boa vontade, a boa intenção, a atitude, e a ausência do prejulgamento, do preconceito, quando aquele que serviu o fez unicamente no interesse de ajudar, sem medir, sem questionar, sem ponderar prós ou contras, como tão comumente temos o hábito de fazer em nossa luta diária, ainda mais quando nossas ações se baseiem na caridade, no auxílio ao irmão necessitado, quando regras e imposições geradas por nós mesmos, só vem sobrecarregar e retardar ainda mais as ações de benemerência a que nos propomos realizar.



Inúmeros serão os percalços que surgirão sempre no caminho do trabalhador de boa vontade para que ele não venha a levar a efeito suas intenções no bem, ainda mais se recente é essa sua postura, tal a ligação que ainda possui com antigos adversários e cúmplices  no erro e no crime, porém, se sincera for sua intenção, certo é que poderá contar sempre com o amor e o arrimo de seus protetores espirituais, assim como também, dos protetores daqueles que se propõe a socorrer, a servir, a ajudar.



Ao final, como sabemos, o maior adversário a vencer seremos sempre nós mesmos, a nossa milenar preferência pelo caminho considerado mais fácil e prazeroso, das paixões, dos desregramentos, dos vícios.



Porém, se o inimigo é persistente, não é invencível, ainda mais que poderemos contar, se assim o desejarmos, com armas como a boa vontade e disciplina, a fé e a determinação, a coragem e o amor, quando, baseando nossa postura nos ensinamentos e preceitos cristãos, teremos amplas possibilidades de vencer e avançar, passo a passo, seguros naquilo que desejamos, que temos por direito conquistar, tal qual filhos de Deus que somos, livres para escolher, presos, porém, as consequências de nossas decisões.



Que sejam laços de amor, de caridade, de perdão, de amizade sincera, a nos prender, nos dando amplas condições de alçar mais altos voos, abertos a novas conquistas e infinitas possibilidades de aprendizado e crescimento.




Que seja assim, que seja sempre no bem!     

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