Disciplina,
palavra fundamental para todo aquele que assume o compromisso de algo produzir,
de algo adquirir, concentrando toda sua ação e toda sua atenção para o fim que
almeja alcançar, ciente que a displicência, a invigilância, a desatenção,
distorcerão os parâmetros a serem seguidos, tirando-lhe o foco, e fazendo com
que, indevidamente, se afaste daquilo a que se propôs, estando fadado por este
motivo, ao fracasso, parcial ou completo, ao realizar as tarefas que deveria leva-lo
ao ideal proposto.
É
inevitável, se não nos esforçarmos para algo conquistar, se não traçarmos as
diretrizes básicas para este intento, se não as priorizarmos, que nos percamos no
caminho, confundindo intenções com ações efetivas, transformando sonhos em
ilusões, nos distanciando aos poucos, sem que disso percebamos, dos nossos planos,
engolfados em dúvidas, receios, adiamentos, perdendo oportunidades e gerando
dificuldades reais ou imaginárias.
Tudo
nos é permitido, e quando equilibrados, possuímos o discernimento para não
alçar voos maiores que permite a nossa capacidade, sabendo galgar degraus com
precisão e constância, regularidade e disciplina, ainda que por vezes seja
necessário conter a ansiedade, sabendo agir de acordo com as possibilidades,
com os quadros que se apresentam, sabendo avaliar a hora de avançar, de recuar,
de mudar os planos, de recomeçar ou levar a efeito um novo começo.
Assim
devemos agir com todos os nossos objetivos, com nossos ideais, com aquilo que
desejamos para nós, planejando, avaliando, agindo, de acordo com nossas possibilidades,
nossas habilidades, buscando não desperdiçar tempo e energia com qualquer coisa
que nos distraia, nos tire o foco, que faça com que venhamos a nos afastar, a
não agir de acordo com que a situação exige, tudo isso claro, dependendo do
grau de importância e relevância que a situação em si tem em nossa existência.
Assim
devemos agir também, naturalmente, quando nos referirmos ao desejo, quando
sincero e real, da nossa transformação espiritual para o bem, não nos deixando
arrastar por nada que atrapalhe a nossa ascensão, cientes que nada
conquistaremos de uma hora para outra, por um passe de mágica, já que as
inferioridades que alimentamos em nosso íntimo já datam de muito tempo, de muitas
vidas.
Em
contrapartida, também não podemos em nenhum momento desanimar, nos entregar a
lamentações, ao hábito de nos considerarmos destinados a ser de uma forma ou de
outra, muitos até recaindo no erro de se considerar “assim mesmo”, de ter “nascido
assim”, de seus pais “serem assim”, ignorando o fator básico que aqui estamos
exatamente com o objetivo de evoluir, de nos renovar, deixando para trás o
homem velho e nos revestindo de novas energias, novas habilidades, baseadas em novas
perspectivas, atentos para aproveitar todas as oportunidades que a vida nos
oferecer, assim como as que tivermos as condições de criar.
Um
dos principais fatores que deveremos sempre levar em conta para que venhamos a
evoluir como individualidade humana e eterna, é a razão principal que nos faz desejar
atingir a um determinado objetivo, onde, se esta se baseia unicamente em
necessidades materiais ou desejos inferiores, ligados às paixões humanas,
dificilmente iremos, ainda que as conquistemos em sua plenitude, nos sentir
bem, satisfeitos, motivados a empreendermos mais complexos aprendizados, mas
relevantes tarefas, porque o anseio de acumular que muitos têm, vêm exatamente
da insatisfação natural que o que tanto anseiam carrega em si, por ir contra os
objetivos maiores que todos trazemos gravados dentro de nós, e que, insistentemente,
por séculos, preferimos ignorar e menosprezar.
Valorosas
são as conquistas materiais quando a elas não nos submetemos, quando as
desejamos para nos dar o equilíbrio para vitórias inerentes a nossa elevação
espiritual, sendo estas sim, a bagagem que nos irá acompanhar por nossa
infinita jornada evolutiva, que poderemos levar por onde formos, estejamos
aqui, no plano físico, em novas romagens, ou quando em ação na nossa verdadeira
pátria, a espiritual.
Independente
do que priorizarmos e desejarmos, sejam conquistas ligadas a matéria ou ao espírito,
a base principal deverá ser sempre os conceitos cristãos, de amor e paz, de
perdão e concórdia, de respeito e tolerância, de disciplina e humildade, de
caridade e desenvolvimento intelectual, não desperdiçando tempo e energia com
sentimentos e atitudes que em nada acrescentarão ao nosso espírito eterno, nada
que seja ligado as paixões e aos vícios, aos sentimentos inferiores e
degradantes, haja vista que, caso avaliemos com cuidado a nossa volta, dificilmente
encontraremos o mais próximo que podemos chegar da felicidade nesse mundo de
provas e expiações, junto aqueles que escolham para si o erro, o crime, a cobiça,
a usura, a inveja, o egoísmo, o ciúme, a ambição desregrada e desmedida.
Tudo
nos é permitido, saibamos escolher, saibamos priorizar, que seja sempre na paz
do Nosso Senhor Jesus Cristo, seja qual for o caminho.
Que
assim seja!
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