Em
todos os tempos, por mais que nos envolvamos em descobertas científicas e tecnológicas,
que surjam estudos e conclusões inovadoras sobre o corpo humano, no combate e
na vitória sistemática das mais perigosas doenças, nas descobertas que nos levam
a ter uma vida mais saudável e duradoura, a soberania do homem no plano físico,
as necessidades básicas no íntimo da sua personalidade, visando o seu
esclarecimento, a sua transformação espiritual, a sua evolução como
individualidade, e o consequente equilíbrio e a paz desejada, ainda dependem do
esforço e da dedicação de cada um em procurar promover o bem, em gerar energias
positivas, em lutar contra suas imperfeições, sua inferioridade, sua ignorância,
em vivenciar, de fato, a essência cristã gerada pelo amor que trazemos gravado
em nosso íntimo desde nossa criação.
Para
que venhamos a evoluir como criatura, e consequentemente como coletividade, dependeremos
sempre daquilo que gerarmos dentro de nós de positivo, de agregador, seja através
do nosso trabalho, do nosso estudo, no nosso lar, em nossas atividades doutrinárias,
nas tarefas assistenciais as quais nos dedicarmos, no desejo sincero de
produzir o bem e de combater de forma sistemática nossas tendências inferiores,
não mais nos entregando ao orgulho, a vaidade, ao egoísmo, ao medo, a dúvida, a
preguiça, ou a qualquer outro sentimento que venha a nos afastar doa objetivos
macros evolucionários.
Como
guia, como parâmetro, teremos sempre a nos orientar e modelar os ensinamentos e
os exemplos do Cristo, os conceitos da caridade, do perdão, da tolerância, da
concórdia, do respeito, da fraternidade, do amor, todos os que potencializam a
nossa capacidade criadora, participativa, de efetividade junto àqueles com quem
convivemos, atraindo para nós as forças ativas do bem, através dos nossos
amigos e benfeitores espirituais, ao mesmo tempo, que neutralizamos ao nosso
redor a negatividade do ambiente e daqueles que a alimentam, estejam encarnados
ou desencarnados.
Desta
forma, avanços tecnológicos, facilidades dos meios de comunicação, de interação,
descobertas científicas, avanços na medicina humana, nada mais são que ferramentas
que devem ser aproveitadas para melhorar nossa capacidade criativa e realizadora,
e ainda assim, para nossa verdadeira transformação e evolução, tudo que disso
pudermos usufruir só nos levará a crescer, se os utilizarmos para o bem, para a
renovação efetiva de nossos sentimentos, de nossa forma de agir e de pensar,
equiparando a evolução física com a evolução e o crescimento moral, fazendo com
que diminuam de forma real e meritória as diferenças sociais, onde todos passem
a ter cada vez mais possibilidades iguais de crescimento e equilíbrio, sejam
para suprir suas necessidades físicas e materiais, como também, e essencialmente,
intelectuais e espirituais.
Por
mais que evoluamos e venhamos a progredir em termos de civilização,
continuaremos vivendo períodos de negatividade constante em termos de intolerância
e violência, de opressão e corrupção, enquanto não nos preocuparmos também em
evoluir como individualidade, como ser humano, valorizando a nobreza de
sentimentos, o desejo sincero que todos venham também conquistar à felicidade,
a paz, o equilíbrio, quando o mais forte e capacitado passará a proteger e
educar ao mais fraco, e não como o hoje faz, oprimindo-o, tentando manipula-lo
e dele se aproveitar para ainda mais se fortalecer e enriquecer.
A
transformação íntima para o bem é fator primordial para que venhamos a ter uma
sociedade mais justa, onde todos tenham acesso a educação, a possibilidade de renovação
de valores, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver sua intelectualidade
em um ambiente de harmonia e respeito mútuo pelas diferenças, onde a maior
riqueza passará a ser a felicidade coletiva, onde ninguém queira ou deseje o
que não lhe pertence, onde a ação vise sempre o crescimento coletivo, mesmo
respeitando-se as diferenças e valorizando condignamente a cada um de acordo
com seu esforço próprio, com sua luta para crescer e evoluir, não exigindo-se
igualdade absoluta, mas sim, a dignidade mínima e construtiva que todos tem
direito, independente de sua classe social, de sua cor, de suas preferências
religiosas, políticas ou sexuais.
Só
com o amor puro em sua mais alta concepção conseguiremos fazer com que a
humanidade terrestre evolua como sociedade, como coletividade, fazendo do progresso
material uma ferramenta eficaz e segura para que cada vez mais a felicidade e a
paz dominem amplamente o coração de cada um de nós, de acordo com o objetivo
maior do Cristo, que garantiu ao Pai que nenhuma de suas ovelhas ficaria sem
retornar ao redil, e assim, como nosso esforço, individual e coletivo, um dia o
será.
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