terça-feira, 1 de setembro de 2015

Para que venhamos a evoluir...




Em todos os tempos, por mais que nos envolvamos em descobertas científicas e tecnológicas, que surjam estudos e conclusões inovadoras sobre o corpo humano, no combate e na vitória sistemática das mais perigosas doenças, nas descobertas que nos levam a ter uma vida mais saudável e duradoura, a soberania do homem no plano físico, as necessidades básicas no íntimo da sua personalidade, visando o seu esclarecimento, a sua transformação espiritual, a sua evolução como individualidade, e o consequente equilíbrio e a paz desejada, ainda dependem do esforço e da dedicação de cada um em procurar promover o bem, em gerar energias positivas, em lutar contra suas imperfeições, sua inferioridade, sua ignorância, em vivenciar, de fato, a essência cristã gerada pelo amor que trazemos gravado em nosso íntimo desde nossa criação.



Para que venhamos a evoluir como criatura, e consequentemente como coletividade, dependeremos sempre daquilo que gerarmos dentro de nós de positivo, de agregador, seja através do nosso trabalho, do nosso estudo, no nosso lar, em nossas atividades doutrinárias, nas tarefas assistenciais as quais nos dedicarmos, no desejo sincero de produzir o bem e de combater de forma sistemática nossas tendências inferiores, não mais nos entregando ao orgulho, a vaidade, ao egoísmo, ao medo, a dúvida, a preguiça, ou a qualquer outro sentimento que venha a nos afastar doa objetivos macros evolucionários.



Como guia, como parâmetro, teremos sempre a nos orientar e modelar os ensinamentos e os exemplos do Cristo, os conceitos da caridade, do perdão, da tolerância, da concórdia, do respeito, da fraternidade, do amor, todos os que potencializam a nossa capacidade criadora, participativa, de efetividade junto àqueles com quem convivemos, atraindo para nós as forças ativas do bem, através dos nossos amigos e benfeitores espirituais, ao mesmo tempo, que neutralizamos ao nosso redor a negatividade do ambiente e daqueles que a alimentam, estejam encarnados ou desencarnados.



Desta forma, avanços tecnológicos, facilidades dos meios de comunicação, de interação, descobertas científicas, avanços na medicina humana, nada mais são que ferramentas que devem ser aproveitadas para melhorar nossa capacidade criativa e realizadora, e ainda assim, para nossa verdadeira transformação e evolução, tudo que disso pudermos usufruir só nos levará a crescer, se os utilizarmos para o bem, para a renovação efetiva de nossos sentimentos, de nossa forma de agir e de pensar, equiparando a evolução física com a evolução e o crescimento moral, fazendo com que diminuam de forma real e meritória as diferenças sociais, onde todos passem a ter cada vez mais possibilidades iguais de crescimento e equilíbrio, sejam para suprir suas necessidades físicas e materiais, como também, e essencialmente, intelectuais e espirituais.



Por mais que evoluamos e venhamos a progredir em termos de civilização, continuaremos vivendo períodos de negatividade constante em termos de intolerância e violência, de opressão e corrupção, enquanto não nos preocuparmos também em evoluir como individualidade, como ser humano, valorizando a nobreza de sentimentos, o desejo sincero que todos venham também conquistar à felicidade, a paz, o equilíbrio, quando o mais forte e capacitado passará a proteger e educar ao mais fraco, e não como o hoje faz, oprimindo-o, tentando manipula-lo e dele se aproveitar para ainda mais se fortalecer e enriquecer.



A transformação íntima para o bem é fator primordial para que venhamos a ter uma sociedade mais justa, onde todos tenham acesso a educação, a possibilidade de renovação de valores, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver sua intelectualidade em um ambiente de harmonia e respeito mútuo pelas diferenças, onde a maior riqueza passará a ser a felicidade coletiva, onde ninguém queira ou deseje o que não lhe pertence, onde a ação vise sempre o crescimento coletivo, mesmo respeitando-se as diferenças e valorizando condignamente a cada um de acordo com seu esforço próprio, com sua luta para crescer e evoluir, não exigindo-se igualdade absoluta, mas sim, a dignidade mínima e construtiva que todos tem direito, independente de sua classe social, de sua cor, de suas preferências religiosas, políticas ou sexuais.



Só com o amor puro em sua mais alta concepção conseguiremos fazer com que a humanidade terrestre evolua como sociedade, como coletividade, fazendo do progresso material uma ferramenta eficaz e segura para que cada vez mais a felicidade e a paz dominem amplamente o coração de cada um de nós, de acordo com o objetivo maior do Cristo, que garantiu ao Pai que nenhuma de suas ovelhas ficaria sem retornar ao redil, e assim, como nosso esforço, individual e coletivo, um dia o será.   

      

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