quarta-feira, 23 de março de 2016

Em oração...




A oração é fundamental meio de comunicação, de intercâmbio, de sintonia da criatura com o Criador, de nós, espíritos em luta no plano físico, com os nossos amigos e benfeitores espirituais, que procuram nos auxiliar e orientar nesta oportunidade cármica que atualmente estamos vivenciando.



São eles, os tarefeiros do bem que nos acompanham, que buscam trazer o que de mais produtivo possa nos auxiliar a avançar, dentro daquilo que nós, seus tutelados, carecemos, mesmo que seja a dor e a dificuldade, visando priorizar não necessariamente aquilo que desejamos, mas sim, o que precisamos, ainda mais porque o que geralmente nos motiva nesta fase que a inferioridade ainda tem uma forte influência sobre nossas escolhas, é o que mais nos distanciará dos nossos objetivos maiores de evolução.



Ao orarmos conseguimos encontrar o equilíbrio para discernir, para tomarmos as decisões corretas, para assumirmos a postura necessária dentro das situações e dos embates que a vida nos proporcionar, ou que, por nosso livre arbítrio, buscarmos, auxiliando-nos, em contrapartida, a nos manter precavidos contra nossas próprias tendências inferiores, nossos vícios, ou as influências externas, oriundas de encarnados ou de desencarnados, que queiram nos arrastar e nos manter nas zonas baixas do pensamento e das intenções, seja quais forem os motivos que os levam a tentar fazer com que não avancemos em nossa batalha pela transformação íntima no bem.



A oração ao nos sintonizar com o Alto, com aqueles que buscam nos orientar na senda do bem, carece de que venhamos a materializar constantemente aquilo que nos faz buscar a companhia de nossos benfeitores, nos motivando não a esperar que nossos desejos e anseios venham a ser satisfeitos por intercessão ou privilégio, mas sim, nos impulsionando para a ação, para as atitudes que nos levarão a vencer nossos obstáculos, alcançar nossos sonhos, suportando e superando as dificuldades, ampliando nossa percepção e nossa capacidade intelectual e moral.



A precariedade das intenções, quando apenas desejamos receber aquilo que está ligado ao imediatismo mundano da existência física, como a conquista de bens materiais, de um emprego compensador financeiramente, de uma posição social, de um relacionamento amoroso, da suspensão de qualquer enfermidade ou contrariedade que venha a nos afetar, em nada encontra respaldo junto a espiritualidade superior quando forem estes os nossos desejos quando da sintonia através da oração, por mais que estejamos bem intencionados, por mais que nos julguemos merecedores do afeto e do carinho daqueles que nos protegem, seja qual for a frente religiosa a que nos filiarmos no plano físico.



Com isso não queremos dizer que nossos amigos espirituais não se preocupem com o nosso bem estar na Terra, apenas que não podemos ter isso como prioridade quando buscamos à eles nos sintonizar através da oração e do pensamento, buscando sim, que nos fortaleçam, que nos orientem a tomar as decisões corretas, mas dentro daquilo que precisamos, que seja o melhor para nossas necessidades evolutivas, principalmente as relacionadas as nossas pretéritas existências, as nossas prioridades cármicas, onde em muitas vezes elas vem contra ao que almejamos e desejamos no momento atual de nossa existência.



Agindo desta forma, valorizando a companhia de nossos protetores espirituais, preocupados apenas em nos manter no caminho do bem, em não nos deixar dominar por sentimentos negativos, por desejos inferiores, poderemos estar tranquilos quanto ao arrimo e proteção de nossos benfeitores, porque sempre quando o nosso desejo for o bem, eles estarão ao nosso lado nos fortalecendo, na certeza de que, quando possível e necessário for, também nos auxiliarão para que venhamos a ter sucesso profissional, em nossos relacionamentos pessoais, na conquista de nossos sonhos e aspirações, sem precisar assim, que venhamos a intima-los para resolver nossas situações ou transforma-las de acordo com nossos desejos imediatistas.




Pela oração nos sintonizamos com nossos amigos para que nos orientem, nos protejam, nos motivem, mas o trabalho, o esforço, a dedicação, a disciplina para a conquista, dependerá sempre exclusivamente de nós, responsáveis pelas nossas próprias vitórias, assim como, derrotas, angariando conhecimento, experiência, fortalecimento íntimo, a cada passo, a cada batalha, a cada sonho, cientes que, pacificados e equilibrados estaremos a prosseguir, quando nossas intenções, quando nossos desejos sinceros, estiverem alicerçados no bem, nos conceitos e exemplos cristãos, de amor e paz.  

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