A oração é fundamental meio de comunicação, de intercâmbio,
de sintonia da criatura com o Criador, de nós, espíritos em luta no plano
físico, com os nossos amigos e benfeitores espirituais, que procuram nos
auxiliar e orientar nesta oportunidade cármica que atualmente estamos
vivenciando.
São eles, os tarefeiros do bem que nos acompanham,
que buscam trazer o que de mais produtivo possa nos auxiliar a avançar, dentro
daquilo que nós, seus tutelados, carecemos, mesmo que seja a dor e a
dificuldade, visando priorizar não necessariamente aquilo que desejamos, mas
sim, o que precisamos, ainda mais porque o que geralmente nos motiva nesta fase
que a inferioridade ainda tem uma forte influência sobre nossas escolhas, é o
que mais nos distanciará dos nossos objetivos maiores de evolução.
Ao orarmos conseguimos encontrar o equilíbrio para
discernir, para tomarmos as decisões corretas, para assumirmos a postura
necessária dentro das situações e dos embates que a vida nos proporcionar, ou
que, por nosso livre arbítrio, buscarmos, auxiliando-nos, em contrapartida, a
nos manter precavidos contra nossas próprias tendências inferiores, nossos
vícios, ou as influências externas, oriundas de encarnados ou de desencarnados,
que queiram nos arrastar e nos manter nas zonas baixas do pensamento e das
intenções, seja quais forem os motivos que os levam a tentar fazer com que não
avancemos em nossa batalha pela transformação íntima no bem.
A oração ao nos sintonizar com o Alto, com aqueles
que buscam nos orientar na senda do bem, carece de que venhamos a materializar
constantemente aquilo que nos faz buscar a companhia de nossos benfeitores, nos
motivando não a esperar que nossos desejos e anseios venham a ser satisfeitos
por intercessão ou privilégio, mas sim, nos impulsionando para a ação, para as
atitudes que nos levarão a vencer nossos obstáculos, alcançar nossos sonhos,
suportando e superando as dificuldades, ampliando nossa percepção e nossa
capacidade intelectual e moral.
A precariedade das intenções, quando apenas
desejamos receber aquilo que está ligado ao imediatismo mundano da existência
física, como a conquista de bens materiais, de um emprego compensador
financeiramente, de uma posição social, de um relacionamento amoroso, da suspensão
de qualquer enfermidade ou contrariedade que venha a nos afetar, em nada
encontra respaldo junto a espiritualidade superior quando forem estes os nossos
desejos quando da sintonia através da oração, por mais que estejamos bem
intencionados, por mais que nos julguemos merecedores do afeto e do carinho
daqueles que nos protegem, seja qual for a frente religiosa a que nos filiarmos
no plano físico.
Com isso não queremos dizer que nossos amigos espirituais
não se preocupem com o nosso bem estar na Terra, apenas que não podemos ter
isso como prioridade quando buscamos à eles nos sintonizar através da oração e
do pensamento, buscando sim, que nos fortaleçam, que nos orientem a tomar as
decisões corretas, mas dentro daquilo que precisamos, que seja o melhor para
nossas necessidades evolutivas, principalmente as relacionadas as nossas
pretéritas existências, as nossas prioridades cármicas, onde em muitas vezes
elas vem contra ao que almejamos e desejamos no momento atual de nossa existência.
Agindo desta forma, valorizando a companhia de
nossos protetores espirituais, preocupados apenas em nos manter no caminho do
bem, em não nos deixar dominar por sentimentos negativos, por desejos
inferiores, poderemos estar tranquilos quanto ao arrimo e proteção de nossos benfeitores,
porque sempre quando o nosso desejo for o bem, eles estarão ao nosso lado nos
fortalecendo, na certeza de que, quando possível e necessário for, também nos
auxiliarão para que venhamos a ter sucesso profissional, em nossos relacionamentos
pessoais, na conquista de nossos sonhos e aspirações, sem precisar assim, que
venhamos a intima-los para resolver nossas situações ou transforma-las de
acordo com nossos desejos imediatistas.
Pela oração nos sintonizamos com nossos amigos para
que nos orientem, nos protejam, nos motivem, mas o trabalho, o esforço, a
dedicação, a disciplina para a conquista, dependerá sempre exclusivamente de
nós, responsáveis pelas nossas próprias vitórias, assim como, derrotas,
angariando conhecimento, experiência, fortalecimento íntimo, a cada passo, a
cada batalha, a cada sonho, cientes que, pacificados e equilibrados estaremos a
prosseguir, quando nossas intenções, quando nossos desejos sinceros, estiverem
alicerçados no bem, nos conceitos e exemplos cristãos, de amor e paz.
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