segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nossa mente é poderoso condutor...

O poder da nossa mente, da nossa vontade, é muito maior do que nós, espíritos encarnados, podemos imaginar, presos que estamos ao imediatismo do mundo, as insignificantes prioridades que ainda insistimos em alimentar para nós em detrimento a compreensão de nossas possibilidades criativas e realizadoras.


“A fé remove montanhas”, e a fé é a nossa força de vontade devidamente direcionada para os nossos objetivos, para aquilo que desejamos alcançar, e como tudo na Terra nos é permitido por nosso Pai Maior, aquele que sabe querer, disciplinado e focado, acabará por mais cedo ou mais tarde, conquistar aquilo que deseja, mesmo que no transcorrer do caminho, tenha que rever seus planos, readequar suas necessidades, suas prioridades, porque também nos foi dito que nem tudo nos convém, ainda mais quando temos que ter a consciência que vivemos em sociedade, e que os desejos do próximo também estarão em jogo, e muitas vezes o que desejamos, não pode nos pertencer, por lógica e por direito, é onde entra o nosso discernimento, a nossa capacidade de avaliar o que é melhor para nossa existência como um todo, material e espiritualmente.


Desta forma, faz-se necessário, “saber querer”, compreender e aceitar nossos atuais limites, nossas reais necessidades, o que irá agregar ou o que irá nos prejudicar, ainda mais dependendo dos princípios que regem a nossa personalidade atual, o que almejamos, o que está de acordo com as conquistas relativas a nossa evolução espiritual, e o que não passa de troféus mundanos, corriqueiros, meramente materiais, ainda ligados e atrelados a inferioridade de sentimentos, ao negativismo, aos vícios e as paixões que nos prendem as zonas distantes do caminho que nos levará a ascensão espiritual.


Assim, por mais que sejamos determinados, disciplinados, por mais que aprendamos a dominar nossa mente e atingirmos nossos objetivos, de pouco adiantará se continuarmos perdidos nas teias da inferioridade humana, se continuarmos motivados pelos desejos carnais, se nos deixarmos conduzir pela vaidade, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela prepotência, pelos mesmos vícios que já nos dominam por diversas experiências físicas ou espirituais.
Nossa mente é poderoso condutor, é foco realizador, nossa fé é capaz, sim, de remover montanhas, de nos fazer vencer os mais difíceis obstáculos, nos fortalecendo para superar a dor, a adversidade, para buscar respostas, soluções, lenitivos, nos permitindo a associação as forças do bem no intuito de caminharmos sempre em frente, de acordo com aquilo que melhor nos servirá para nossas necessidades evolutivas atuais, de acordo com os vínculos pretéritos, com nossas prioridades cármicas, com aquilo que temos de pendente com nosso passado culposo.


A oração é a nossa mente focada, concentrada, direcionada para aquilo que almejamos, é a canalização racional da nossa emoção, dos nossos sentimentos mais íntimos, o que nos demonstra a importância da disciplina, de colocarmos de forma sincera e contrita os nossos desejos, as nossas aspirações, as nossas necessidades, para que efetivamente entremos em comunhão com as forças superiores da vida, e estas, em resposta, possam nos indicar sempre o melhor rumo a seguir, nos doando aquilo que precisamos para vencer, para que com nossas próprias forças venhamos a avançar.


Se a mente dá o poder de conquistar o que almejamos, o coração, o que sentimos, o que somos no íntimo, nosso ser espiritual, é aquele que determina se estaremos avançando ou permanecendo estacionários em nossos anseios evolutivos, em nossos desejos imediatos.


Se a base para o poder mental que desejamos utilizar estiver presa ainda aos sentimentos inferiores, mesmo que venhamos a conquistar nossos anseios, ainda assim não estaremos evoluindo, porque nossas vitórias serão transitórias, com consequências dolorosas, o que nos exigirá em um futuro próximo ou distante, a recapitulação, a recomposição, o resgate, o ressarcimento, em um desperdício imensurável de tempo e energia, nos mantendo, mesmo que focados e donos de nossa vontade, em um caminho paralelo e distante daquele que nos levaria a real evolução, o que nos forçará, na sequência, ao retorno por todo trajeto desviado, até que reencontremos a verdadeira rota para o nosso equilíbrio, para a ascensão espiritual e individual.


Assim, o controle sobre nossa vontade, o senhorio efetivo sobre a nossa mente, só será benéfico e construtivo, quando nosso espírito, nosso ser, estiver vivo e atuante nas forças do bem, de acordo com os parâmetros trazidos e exemplificados pelo Mestre Jesus, quando guiarmos nossas escolhas, nossas decisões, nossas prioridades, pelo amor, pela paz, pelo respeito, pelo entendimento recíproco, agindo e reagindo de forma humilde, caridosa, paciente, tolerante, sendo, de fato, irmãos dos nossos companheiros de jornada, servindo, auxiliando, com o intuito de aceitar e aproveitar da mesma forma todo o auxílio, toda a cooperação, daqueles que se encontram em posição mais elevada que a nossa, plenamente capacitados para nos servirem de guia para que não mais venhamos a tomar indevidos desvios em nossa jornada rumo a plena transformação espiritual para o bem.



Somos o que pensamos, temos plena condição de ser regentes de nosso destino, porém conscientes que colheremos exatamente tudo o que plantarmos, que percorreremos exatamente o caminho que escolhermos, que viveremos de acordo com nossas prioridades, com nossas escolhas, assim, paralelamente a conquista do domínio pleno de nossa mente, do domínio do querer, não esqueçamos e não desprezemos a necessidade eminente de aprender também a saber o que querer, que seja no bem, que seja dentro dos conceitos cristãos, de acordo com os preceitos espíritas, de acordo com a nossa consciência, guia fiel para que venhamos a conquistar o direito macro de crescer, de evoluir, de aspirar a novos e sublimes ideais.   

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