Todos aqueles que se entregam as práticas
religiosas, sejam católicos, evangélicos, budistas, muçulmanos ou espíritas, o
fazem, não só buscando sua melhoria individual imediata, mas, também,
acreditando que terão uma continuidade em suas vidas após a morte, para serem
felizes e recompensados pelo que fizeram de bom, independente no que cada um
crê, seja em um céu beatifico, no limbo, na continuidade das lutas e do
aprendizado em outro plano, outra dimensão, devendo ter a consciência que para
isso, seu esforço deverá estar sempre atrelado a sinceridade das intenções no
bem, vinculando esta conquista espiritual ao trabalho, ao estudo, a oração
constante, mantendo-se vigilante sobre seus pensamentos, palavras e atos,
buscando sempre agir sem prejudicar a ninguém e principalmente fazendo sempre o
bem, servindo, auxiliando aqueles que cruzarem seu caminho.
Saindo deste ponto comum entre as frentes
religiosas, precisamos nos ater aos preceitos da Doutrina que abraçamos, a
Doutrina Espírita, valorizando-os e pautando nossos passos na Verdade neles
contidos, sabendo valorizar e proteger de forma cristã aquilo que sabemos ser o
melhor caminho que nos levará a nossa transformação espiritual e, consequentemente,a nossa natural evolução.
Importante para nós, como individualidade, para a
consolidação da nossa personalidade no bem, assim como para o Espiritismo, que
definitivamente assumamos nossa posição de espíritas, levantando cada qual sua
bandeira participativa e a melhor forma de mostrar o que é o Espiritismo, o que
é ser Espírita, ainda é através do exemplo de vida, das ações, da postura, da
forma com que resolve os problemas, como encara seus relacionamentos e seus deveres
do dia-a-dia, com a família, com os amigos, no trabalho, no lazer, no centro onde
frequenta, é servir a todos de forma cristã, sem buscar recompensas, aplausos,
retribuições. Ser cristão, ser espírita, é um modo de vida, uma forma de se conquistar
o equilíbrio, renunciando a vida comum, mundana, em busca da felicidade, não só
individual, mais principalmente, a coletiva.
Possuir o título de Espírita, não
traz nenhum privilégio, não isenta ninguém da dor, do sofrimento, do resgate
obrigatório das dívidas.
Ser espírita não salva de perigos, de doenças, da
perda de entes queridos, o Espiritismo, assim como o puro Cristianismo, nos
ensina, sim, a suportar e superar a dor, os problemas, os fracassos, a conviver
com as vitórias, com o sucesso, sem nos deixar empolgar pelo orgulho, pela
vaidade.
Ser espírita nos ensina a suportar e perdoar, a traição, a ingratidão,
a calúnia, o desprezo, a chacota, o mesmo, e em bem menores proporções, que tinham
que suportar os primeiros cristãos.
Ser bom, ser cristão, ser espírita, não nos dá o
direito a prêmios. Ser bom é obrigação, não estamos fazendo favor a ninguém em
sermos honestos, dignos, pacientes, tolerantes, humildes, prestativos.
Nascemos
para amar, para conquistarmos a paz, a felicidade, a harmonia, a irmandade com
todos que cruzarem nosso caminho.
Não nascemos para julgar a ninguém, para
condenar, para criticar, para delatar.
Nascemos para praticar a caridade, a
benevolência e compreender as diferenças que formam nossas personalidades,
nossos costumes, nossas culturas e respeitar cada um como ele é, mesmo que não
concordemos.
Desta forma valorizaremos cada vez mais ao Espiritismo,
não só ao levarmos adiante seus sublimes conceitos que nos fazem conhecer a continuidade
da vida após a morte, a lei da reencarnação, da causa e efeito, da pluralidade
dos mundos, da possibilidade inequívoca do intercambio entre os planos com nossos entes queridos que nos procederam ao túmulo, mas também, no
fortalecimento das atitudes cristãs, da postura do homem de bem, onde a caridade
e o amor personifiquem cada escolha, cada decisão, cada pensamento, cada ato de
nossa existência.
Valorizar e viver o Espiritismo, na essência, é valorizar e
viver o Cristo em todos os dias da nossa existência.
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