quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Deus está em toda parte, em todo o mundo...





As disputas religiosas na Terra têm uma aparência de eternidade, de infinidade, tal o ódio, o desprezo, o rancor, a intolerância, o fanatismo, com que muitas das correntes religiosas ainda hoje se revestem em relação às outras, àquelas que não compartilham suas ideias, seus ideais, seus conceitos, seus dogmas, como até hoje vemos mais precisamente no oriente médio, entre muçulmanos e judeus, ou até mesmo em países dito do primeiro mundo, como na Irlanda, onde uma nação se dividiu, inclusive politicamente, em duas, por divergências inconcebivelmente extremas, entre católicos e protestantes, sendo que estes têm a sua fé na mesma origem, nos preceitos cristãos.


Isto ainda ocorre em diversas partes do muito, com maior ou menor intensidade, de forma mais explícita ou velada, quando pastores, padres, rabinos, dirigentes, em seus púlpitos, em seus altares, na intimidade com seus fieis, com seus seguidores, com seus confrades, fazem críticas veladas ou abertas a outras religiões, a outros cultos, comentando-os de forma pejorativa, os considerando infiéis, fanáticos, ou dominados pelo demônio ou pelas forças contrárias a Deus.


Agindo assim, infelizmente, em muitos casos, tal o poder de persuasão e manipulação que os condutores dos cultos possuem, muitos de seus discípulos passam a ver pessoas de outras religiões com sentimentos que não são condizentes com a pureza doutrinária de nenhuma corrente espiritual, pois nenhuma delas no corpo de sua doutrina enaltecem o separatismo, a discriminação, a intolerância, o menosprezo, o ódio, o medo, todos os ingredientes que formam a atitude preconceituosa, que faz com que as pessoas procurem se isolar, não vendo aqueles que pensem e ajam diferentemente de si como pessoas que mereçam confiança, apreço, respeito, consideração, ao contrário do que o Pai Maior determina, não os veem mais como a irmãos.


Deus está em toda parte, em todo o mundo, Deus é muito Maior que qualquer insignificante forma a qual venhamos escolher para honra-lo e venera-lo, Ele é o Criador de Todo Universo, e pelo ínfimo tamanho de nosso planeta, de nosso sistema solar, de nossa galáxia, em relação a infinidade estelar, poderemos ter uma vaga ideia do quanto mesquinha é a nossa arrogância em pensar que por nossa religião somos ou deixamos de ser privilegiados em relação ao seu Amor, a sua Bondade, a sua Justiça, em uma pálida comparação, seria como seu um grupo de anticorpos do nosso organismo disputasse com o outro, por qual deles temos a preferência no combate as nossas doenças, ou por qual partícula do nosso sangue sentimos mais afeto e carinho.


Deus está em todas as religiões porque Deus é Amor, e todos nós, sem exceção, temos vivo este sentimento em nosso íntimo, em nosso coração, mesmo que em nosso atual estágio evolutivo ainda não tenhamos conseguido compreende-lo em toda sua essência, em toda sua magnitude, em toda sua capacidade criadora e realizadora.


O caminho é único, a forma pela qual iremos escolher para percorrê-lo está condicionada ao nosso livre arbítrio, ao nosso poder de discernimento, de fazer as melhores escolhas, de tomar as mais produtivas decisões, e quando melhor assimilarmos as prioridades e as necessidades, que irão nos fazer avançar e evoluir como individualidade, maior também será a nossa compreensão das nossas responsabilidades com o todo, fazendo com que venhamos, no entendimento de nossas dificuldades e limitações, naturalmente entender e aceitar as dificuldades e as limitações do próximo, independente do rumo que ele tiver escolhido para sua ascensão.


Uma coisa é certa, fora do caminho do bem, sem amor, sem caridade, sem humildade, sem tolerância, sem a capacidade íntima de perdoar, sem a boa vontade, sem a disciplina, sem tudo que representa como exemplo e ensinamento o sentimento cristão, dificilmente conseguiremos encontrar o equilíbrio necessário para suportar e superar os desafios que a jornada evolutiva nos apresenta, quando continuaremos a nos manter estacionários, sem previsão de maiores mudança, em um jogo de efêmeras alegrias e normais e consequentes frustrações, decepções, sofrimentos, entre tantas outras situações negativas geradas quando nos entregamos aos nossos vícios, as nossas paixões degradantes, a inferioridade de pensamentos e sentimentos.


Independente de nossa religião, ou de preferirmos não professar nenhuma religião, o certo é que para encontrar a paz de espírito nos será necessária a reforma íntima, a transformação de nossos sentimentos, encontrando dentro de nós a sublimidade que o amor tem a oferecer, único sentimento que bem compreendido e vivenciado traz a paz, seja qual for a guerra que queiram travar ao nosso redor.


Para um mundo melhor precisamos essencialmente de pessoas melhores, para um mundo onde haja amor, precisamos de pessoas que essencialmente amem, e agindo desta forma, seja qual for nossa religião, seja qual for a forma que escolhermos para nos manter interligados ao Pai, a Deus, nada nos deterá em nossa determinação de avançar, principalmente, quando definitivamente compreendermos para onde devemos ir para encontrar a única e verdadeira felicidade.
     


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