quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Reflexões...

Há existências em que sonhamos com várias conquistas e sabemos ter capacidade para realizá-las, mas, parece que tudo dá errado, tudo ocorre ao contrário do planejado, frustrando as nossas expectativas, por mais que nos esforcemos e façamos por merecê-las, inclusive com perdas inesperadas, capazes de desestabilizar e fazer ruir os mais fortes e os mais determinados.
Na maioria das vezes isso são ecos, são respostas, são conseqüências de vidas anteriores onde nós tivemos tudo, onde conquistamos nossos objetivos, realizamos tudo que planejamos, porém, não soubemos aproveitar de forma digna, honesta, desperdiçando os frutos, nos entregando as paixões, aos vícios, aproveitando de forma errônea o que conseguimos, inclusive vindo a prejudicar ao próximo, pessoas que nos foram importantes, que dependiam de nós para também conquistarem seus objetivos.
Não é conformismo, é a realidade, se não podemos fazer o que sonhamos, o que planejamos, se já tentamos tudo ao nosso alcance, temos que buscar alternativas, soluções, sempre dentro da tranquilidade e do equilíbrio cristão, sempre conscientes que Deus sabe o que é melhor para nós, e que se algo não está de acordo com o que planejamos, temos condições e forças para rever, repensar e reverter, aproveitando nossa capacidade realizadora em outras frentes de trabalho, em outras situações.
Se nosso desejo sempre foi exercer a medicina e contratempos vários nos impediram de conseguir, tentemos outra atividade onde possamos exercer o mesmo ideal que nos norteava. Se nosso sonho era sermos médium, valorosos e capazes de auxiliar o próximo, mas, por mais que tivéssemos tentado não conseguimos desenvolver a mediunidade, busquemos em outras atividades doutrinarias disponibilizar nossa energia e nossa capacidade de servir.
Se sempre sonhamos em casar, em ter filhos, constituir família, mas, não conseguimos encontrar a pessoa com quem compartilhar este ideal, utilizemos todo nosso sentimento para com os irmãos do caminho, que sofrem por não terem um arrimo, um pai, um irmão, um amigo que olhe por eles.
Todas as dificuldades, as decepções, as perdas, as derrotas, os sofrimentos, as enfermidades, devem ser encaradas, pelo verdadeiro trabalhador espírita, com a mesma força, com o mesmo equilíbrio, com a mesma serenidade, com a mesma fé, com a mesma gratidão, de suas conquistas, de suas vitórias, de suas realizações, de suas alegrias, tudo é aprendizado, tudo é trabalho.
Quanto mais fortes nós formos, em relação aos empecilhos de nossa existência, mais seremos para vencê-los, supera-los, transformando-os em luz, que nos acompanhará pelo caminho que ainda falta percorrer na busca de estágios maiores em nossa jornada evolutiva,
Muito ainda falta para conquistarmos, mas a certeza de que somos capazes é o que nos impulsiona para frente, certos que a cada tropeço, seremos auxiliados para levantar e de cabeça erguida prosseguir, sempre.



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Não há como assimilar a vaidade, a inveja, o orgulho, a cobiça, a ira, a vingança, a sensualidade, com o Amor Verdadeiro, com o Amor Cristão, com o sentimento Espírita. Como imaginar alguém que se deixa dominar por qualquer um desses sentimentos inferiores se considerar alguém que compreende o que é o Amor em sua real conceituação?
O Amor é o sentimento maior que comanda o Universo, é o sentimento que faz com que o mais violento criminoso se curve e procure o perdão, a remissão. O Amor une, constrói, transforma, alivia. O Amor traz à paz, o equilíbrio, a alegria, quem ama de verdade já está preparado para servir a Deus, para trabalhar em sua Seara, seja qual for a sua religião. Quem ama de verdade saberá sempre respeitar as diferenças, compreender as agressões, saberá aceitar a perda e se rejubilar com as conquistas. Quem conhece o Amor Verdadeiro sabe exatamente qual o significado da palavra renúncia, sabe abrir mão de algo em favor do próximo, sabe doar, sabe ajudar, sabe dividir, sabe ceder, sabe respeitar, sabe acatar, obedecer, sabe tudo fazer, não só por sua felicidade, mas, pela felicidade de todos os irmãos do caminho, sem exceção, compreendendo que os mais enfermos, os mais duros, os mais agressivos, os mais orgulhosos, são aqueles que mais precisam de atenção, mais precisam de arrimo, mais precisam conhecer e aprender a viver o Cristo de Deus no coração. Amar é renunciar, amar é saber viver por tudo e por todos, sempre,



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Que a mão direita não saiba o que faz a esquerda, este é o ensinamento de Jesus, e esta é a base, o exemplo que norteou toda sua jornada entre nós, sempre pronto a auxiliar, a ensinar, a ajudar, deixando sempre claro que seu papel era o de representante de Deus, do Nosso Amado Pai e que a Ele que deveríamos sempre reverenciar, agradecer e esperar a justiça e a bondade para nosso crescimento individual e coletivo.
Difícil, quando estudamos o Espiritismo e conhecendo o valor da caridade e de amar ao próximo, agirmos sem esperar ou sem pensar que seremos recompensados pelo bem que estamos fazendo, é obvio que sabemos que temos que agir assim para conquistarmos nossa evolução, uma condição espiritual melhor, o que importa é o sentimento íntimo, é tornar esta postura algo normal, natural, é pensar, falar e fazer o bem com a mesma naturalidade com que respiramos, com que dormimos para descansar, com que saímos de casa para trabalhar, com que abraçamos nossos filhos, nossos pais, é fazer o bem sem se preocupar com opiniões, com aplausos, com que as pessoas notem, vejam.
É difícil separar o natural do planejado, mas, com muito esforço, com continuidade, com vigilância, com o tempo, isso irá ocorrer, o importante é fazermos, quanto à forma, deixamos a Deus julgar, quanto aos resultados, deixemos a Deus sua obtenção, façamos o bem e sigamos adiante, se a pessoa a quem demos uma moeda para tomar um café comprou uma cerveja, se a pessoa a quem arrumamos serviço, falta sem dar explicações, se a pessoa a quem conseguimos auxílio médico não toma as medicações, se as pessoas a quem ajudamos, nos criticam ou não estão satisfeitas com nossa ajuda, porque esperavam mais ou julgam que podemos dar mais, coloquemos tudo isso nas mãos de Deus.
Temos que fazer a nossa parte, sempre, de consciência tranquila e da mesma forma que devemos agradecer pelo que recebemos, devemos agradecer, também, pelo que temos oportunidade de fazer e pelo que temos feito, o que valerá sempre é nossa intenção, é o que se passa no nosso coração, no nosso espírito, Deus a tudo vê e a tudo provê, não nos cabe julgar, como não cabe a ninguém nos julgar, somos meros instrumentos, ferramentas, e nossa parte é trabalhar e servir sempre, com amor, com vontade de acertar, mesmo que nem sempre isso aconteça.
O fazer o bem tem que nos dar prazer, tem que nos deixar felizes, equilibrados, o resultado é o menos importante. Deus saberá sempre o que é melhor para cada um de nós, sempre.



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“…A displicência é um dos maiores entraves para nossa melhoria espiritual, o “deixar para depois” é sempre a pedra de toque que vai arrastando o real momento de nossa transformação para o bem, sempre para outra oportunidade, fazendo com que desperdicemos inúmeras chances para encontrarmos o equilíbrio e a conduta que farão que avancemos definitivamente em nosso caminho evolutivo.
Tarefas que facilmente já poderiam estar sendo realizadas ficam como um barco a deriva, sem comando, ao sabor do vento e das ondas, aguardando que retomemos a iniciativa de realizá-las e concluí-las, enquanto, continuamos a valorizar aquelas que alimentamos há diversas existências, baseadas nas puerilidades de nossa sociedade, onde, festas, divertimentos, discussões banais e estéreis, comentários desairosos, onde a vulgaridade domine, ocupando um precioso tempo, que julgamos não dispor, para cumprir nossos objetivos cármicos, espirituais, conosco e com o próximo.
Dentro das “prioridades” criadas por nós mesmos, por nossa família, por nossa sociedade, preferimos direcionar nossas energias para estas conquistas estéreis, sempre acreditando que teremos tempo para desenvolver nossas aspirações espirituais, nossos ideais espíritas, nosso planejamento cristão,
Criamos sempre mais um empecilho, mais um obstáculo, geramos mais um adiamento, um condicional, uma exigência, tentando ludibriar nossa consciência, acreditando, que logo que cumprida a obrigação, então sim, estaremos livre e desimpedidos para iniciar nossas tarefas nas lides espíritas.
Quanto mais prorrogamos, mais distantes ficamos da concretização de nosso planejamento cármico, porque o tempo é precioso e não podemos tratá-lo com o desrespeito e a indiferença com que estamos acostumados. O amanhã poderá não acontecer exatamente como desejamos, e o que poderíamos ter feito hoje, talvez, não tenhamos, tão cedo, nova oportunidade para realizar.
Tanto no plano físico como no espiritual, tanto nossas conquistas materiais como as espirituais, estarão sempre atreladas a nossa determinação, a nossa vontade, a nossa persistência, a nossa continuidade.
Colheremos sempre o que plantarmos, isso é fato inconteste, tanto objetivamente, como subjetivamente, teremos paz, equilíbrio, discernimento, auxílio de nossos benfeitores espirituais, oportunidades de crescimento, sempre que demonstrarmos efetivamente que é essa a nossa vontade.
Se nós gostamos do ócio, do divertimento banal, se a nossa prioridade são as paixões inferiores, os vícios, deixando as atividades espirituais para segundo plano, para ocasiões esporádicas ou quando sentirmos necessidade de descanso em nossos desatinos ou de arrimo para nossos sofrimentos, teremos ao nosso lado, nos incentivando, nos orientando, exatamente aqueles que assim pensam e assim desejam, distantes ainda do amor e do bem como guias do seu viver. Não receberá trabalho aquele que não se dispõe a trabalhar, no plano espiritual como no plano físico, os “empregadores” vão sempre escolher seus tarefeiros, dentre aqueles que demonstrem o real desejo de trabalhar e não aqueles que estão ali só para passar o tempo, só para ter um título, só para ter status.
Os espíritos superiores, nossos benfeitores espirituais, nossos familiares que ainda lutam para encontrar o equilíbrio no plano espiritual, não tem tempo e nem disposição para ficarem próximos a doidivanas, a brincalhões, a preguiçosos, a irresponsáveis, por mais que nos amem e torçam para que cresçamos como entidades individuais.
Mesmo nós, quando concentrados em uma tarefa, quando dispostos a realizar um trabalho, não gostamos de perder tempo com quem não está com a mesma disposição, com o mesmo comprometimento, ninguém gosta de ser explorado, de ser babá de adultos irresponsáveis.
Todo estudo, todo trabalho é sério e merece ser tratado com seriedade, ainda mais o trabalho ligado ao crescimento e ao melhoramento do homem, o trabalho cristão, o trabalho espírita, há muitos irmãos enfermos, doentes, sofrendo, que precisam de amor, de carinho, de dedicação, de respeito, e não podem ter suas dificuldades agravadas ou a solução de seus problemas adiada, porque temos coisas mais importantes ou mais divertidas para fazer.
Quem não tem “tempo” para servir, não desperdice o tempo daquele que precisa ser servido e daquele que pode servi-lo. Afaste-se dos serviços doutrinários, não prenda seus amigos e benfeitores que esperam ansiosos o resultado de seus esforços ao auxiliá-lo até que realmente esteja disposto a arregaçar as mangas e trabalhar, servir, realizar algo de útil e produtivo na Seara do Senhor. Decida seu futuro investindo em seu presente, ocupe seu espaço na Doutrina onde couber a sua capacidade de realização, onde o consiga abranger com suas ações, dê um passo de cada vez, mas dê o passo.
Seu trabalho é importante, compreenda a necessidade de direcioná-lo e aproveita-lo, não só para você, mas principalmente para aqueles ao seu lado. Comece com seu círculo familiar, com seu círculo de amigos, seus conhecidos, até que se sinta capacitado para novos passos. Impossível chegar ao final do caminho sem começar a percorrê-lo do inicio…”


Caminhando...com ou sem surpresas...caminhando...

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