quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Amor






Amor, sentimento inato que cada filho de Deus carrega dentro de si, esperando o momento de florescer e irradiar em todas as direções.




Amor, que leva o ser humano a despejar-se de todas as impurezas, de todas as incertezas e o transforma no ser único, individual, indivisível, que o aproxima cada vez mais do Criador, que desperta nas pessoas que o cercam sentimentos mais nobres, destruindo todas as barreiras construídas pelo Homem para entravar a sua própria evolução.



Amor que traduz a real essência do Belo, que imprime em todas as almas a pureza e a vontade de progredir, de alcançar patamares jamais imaginados, que as eleva acima da massa comum e fornece as ferramentas necessárias para retornar ao lodo e ensinar, ajudar, resgatar a outros que ainda não puderam atingir, por si próprios, o Ideal Maior.



A história concede ao Homem parâmetros para atingir este sentimento tão nobre, rasgar o véu que encobre sua visão, pessoas e fatos que servem de exemplo para que saiba o caminho e a direção a seguir: Jesus, o modelo maior, sua vida, seus ensinamentos, seus conceitos, Kardec, sua missão de ampliar, de explicar, sua coragem, sua ousadia ao enfrentar duas forças antagônicas na época e que se uniram para desacredita-lo e impedi-lo, a igreja e a ciência, Chico Xavier, sua dedicação, sua humildade, seu devotamento, sua brandura, sua submissão.




São exemplos de puro amor, como inúmeros outros existem, em todas as religiões, em todas as épocas, em todas as raças, em todo as classes sociais, heróis e anônimos, que retrataram para todos nós que nada é impossível, que basta mudar, tirar a roupa velha e amarrotada e, através da resignação e coragem de buscar a transformação, alcançar mais um degrau no caminho evolutivo ainda aqui na Terra, ainda aqui nesta oportunidade reencarnatória.    




julho/1999






O Homem encontra ainda entraves para discernir o Puro Amor, da paixão e sentimentos mesquinhos, inferiores, como o simples desejo carnal, o sexo por sexo, confundindo assim o que o motiva a ter um relacionamento com outro ser.



Devido esta falta de discernimento, sofre, se sente desiludido em suas relações, provocando assim as mais dolorosas atitudes e reações, que varia desde a separação, cordial ou traumática, até mesmo aos crimes passionais, o que lhe acarreta, geralmente, séculos de dor e resgate futuro para suas próximas experiências cármicas, prorrogando por um período maior o reconhecimento e a assimilação íntima do que vem a ser o Puro Amor.



A revolta nestes casos, é fator predominante para o insucesso em reencarnações de resgate, pois, com o véu do plano físico a cobrir-lhe a visão, acaba por desistir do que se propôs a fazer, lamentando-se improficuamente do seu destino, vindo a provocar novos dissabores e novos ressentimentos, prolongando cada vez mais o momento de encontrar a verdadeira felicidade.



Podemos pensar que amamos alguém quando ele corresponde as nossas expectativas e realiza os nossos desejos, mas só teremos certeza de ter encontrado o Puro amor, quando aprendermos a ser felizes, pelo simples fato do outro ser, independente de ser ao nosso lado ou não. 


Para isso, precisamos domar e vencer um dos mais antigos sentimentos negativos da personalidade humana, inerente a praticamente todos nós, o egoísmo, o querer só para nós, mesmo que não seja o melhor, no momento, para os dois. 

Caso não consigamos, estaremos apenas provando que, acima de tudo, é a nossa satisfação pessoal que tem que sempre prevalecer, nos esquecendo que em uma relação, existem duas pessoas, dois universos diferentes, com objetivos, forma de pensar e de viver, possivelmente diversos entre si, tendo, inclusive, por também estarem em estágios evolutivos diferenciados, cada um com resgates, expiações, missões diferentes a realizar.

Desta forma, quem ama, dentro da concepção do Puro Amor, cede, ajuda, não julga, não impõe, perdoa, renuncia...

Quem ama vive para realizar a felicidade, em sua total amplitude, do outro ser, mesmo que para isso, em um determinado momento de sua existência, tenha que dar tudo de si, inclusive sua própria felicidade, para que o outro seja feliz.




Julho/ 1999








AMOR, continuemos a falar dele mais um pouco sem querer que isto se torne maçante, pois, no momento que isso acontecer será o mesmo que o sol parar de brilhar, que a vida pare de palpitar em cada átomo ou até mesmo que os sonhos nunca mais aconteçam para o Homem.



Sim, o amor é o sentimento que move todos os mundos criados por Deus, é a lâmpada que clareia as trevas, é o consolo ao pobre e ao aflito, é a certeza de um amanhã melhor, independente do dia de hoje.



Sim, difícil ainda exprimir sobre ele corretamente, mas façamos um esforço, tentemos compreende-lo em sua essência.



Amamos nossos filhos como amamos nossos cônjuges?

Amamos nossos pais como amamos nossos amigos?
Sentimos por todas as pessoas o mesmo sentimento?
Não existem os que nos agradam e aqueles aos quais não conseguimos sentir nem mesmo a menor simpatia?


Pensemos bem nestas perguntas e veremos o quanto estamos distante deste sentimento em sua total amplitude cósmica, analisemos friamente o que sentimos e como se torna difícil afirmar categoricamente que sabemos e podemos definir exatamente o que é o Amor.



Quando tivermos o mesmo sentimento por toda humanidade, por toda natureza, por tudo que é obra do Criador, poderemos realmente afirmar: SIM, EU SEI O QUE É AMAR!



Mesmo cientes o quanto estamos ainda distantes deste patamar evolutivo, talvez neste planeta alcançado apenas pelo Nosso Mestre Jesus, vivamos sempre focados em um dia atingi-lo, recordando que apenas o fato de querermos o bem a todos, não desejarmos conscientemente o mal a ninguém,  já é um grande passo.



Qualidade de vida, respeito pelos direitos de cidadania, uma política justa e participativa, comunidade e governantes com o mesmo ideal: o bem-estar de todos, tudo isso, na verdade, ainda soa como utopia, como um sonho distante da realidade, mas a persistência, o carinho recíproco, o respeito, a preocupação do mais forte pelo mais fraco, do são pelo doente, a verdadeira concepção do termo irmão, no tratamento recíproco entre classes, entre grupos, entre as pessoas, acabará por despertar e expandir este sentimento único, o amor, em sua mais pura concepção, capaz de unir todos em torno do ideal maior, do ideal cristão.



Pode tardar, mas o Amor predominará na Terra, é a lei do progresso, é o magnetismo irresistível que nos arrasta para frente, malgrado a vontade de muitos em ainda insistir em recapitular erros e mais erros durante séculos.



Agosto/1999  



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