quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reflexões...


A humildade e a simplicidade do homem de bem são as garantias de que, sua jornada evolutiva, está no caminho certo, deixando-o ciente que dificuldades surgirão, fomentando as tendências inferiores que alimentou em seu passado cármico, para que, na luta diária, prove, não só para Deus e seus benfeitores espirituais, mas, principalmente, para si mesmo, que já consegue supera-las e transforma-las em experiência, para enfrentar novos desafios e alcançar novas conquistas.



Aquele que já percorre esse caminho sabe da importância da renúncia de si mesmo para o bem do próximo e da coletividade onde vive. A felicidade de servir é maior para ele do que as efêmeras conquistas humanas ligadas ao poder e aos ganhos materiais. Busca, na verdade, viver de acordo com as normas da sociedade em que está inserido, luta para ter uma vida pessoal e profissional equilibrada, mas, não sofre ou se deprime, por eventuais perdas ou fracassos aos quais todos nós estamos sujeitos a passar.



Vive para que as pessoas ao seu redor vençam seus obstáculos, abre mão do supérfluo para que os que precisam possam ter algo que os motive a crescer, sabe que tudo que tem, mesmo que conquistado pelo seu esforço, é empréstimo do Pai, e do uso bom ou mal que fizer é que dependerá sua situação futura, ainda, como encarnado ou quando do seu retorno a pátria espiritual.



Não precisamos abrir mão de tudo e vivermos como andarilhos, não é isso que Deus espera de nós, mas, gozarmos de uma felicidade efêmera, de um exagerado conforto, enquanto aqueles que estão ao nosso redor mal têm com o que sobreviver, é egoísmo, é indiferença, é vaidade, é orgulho, que nos afastará dos reais valores que nos levariam a crescer e evoluir espiritualmente.



Tudo que pudermos fazer pelo próximo e pela sociedade em que vivemos será mais produtivo para nós mesmo do que para aqueles a quem estaremos auxiliando, porque todo o bem atrai para si novas perspectivas, novas possibilidades, fazendo com que possamos aspirar a novos desafios e melhorarmos como individualidade, aprendendo, trabalhando, cada vez com mais responsabilidades e mais próximos ao equilíbrio e a felicidade que aguarda aquele que sabe abrir mão de si mesmo pela felicidade do próximo.



É muito melhor servir que ser servido, é muito melhor dispor do nosso tempo e de nossas energias para auxiliar quem está enfermo, do que sermos nós a precisar de arrimo em uma cama de hospital; é muito melhor sermos nós a abrir mão do que é supérfluo para alimentar a quem tem fome, do que termos que bater de porta em porta na busca da caridade pública.



Quando vemos um morador de rua, temos por hábito, julga-lo, questiona-lo, porque se entrega sem lutar, porque não busca trabalho, sem imaginar que um dia, talvez já tenhamos vivido situação semelhante, ou que ainda poderemos vir a viver, nesta ou em outra experiência cármica, quando, na verdade, o que deveríamos fazer é, simplesmente, ajuda-lo, ampara-lo, com um café, com um prato de comida, com uma palavra amiga, com uma muda de roupa, com uma possibilidade de trabalho, de reavaliação de sua condição, em ajuda-lo a reencontrar os seus, ou com um simples sorriso de solidariedade e de respeito, ele é como nós, um homem, um filho de Deus, um irmão do caminho, que atravessa um momento difícil, uma dor, uma decepção, que, talvez, não tenha conseguido superar.



Sim, é melhor servir do que ser servido, é melhor ajudar do que precisar de ajuda, sim, é melhor curar uma ferida do que ter o corpo em chagas.



Muito lutam em uma cama de hospital, com toda sua fé e esperança, com toda sua dor, para viver, para continuar respirando, produzindo, se recusa a desistir, enquanto que outros destroem sua saúde perfeita com drogas, com excessos, com distúrbios nervosos, gerados pela vaidade, pelo ciúme, pela intolerância, pela inveja.



Sim, é melhor amar, do que precisar do amor de alguém, carregar alguém no colo, do que precisar da boa vontade de alguém para carregá-lo.



Muito desprezam os mais fracos, os incapazes, os pobres, os covardes, porque se julgam fortes, poderosos, superiores, vencedores, sem conseguirem enxergar que o que hoje lhe traz felicidade, amanhã pode ser a causa de sua queda, que se hoje pode ajudar, pode se manter de pé, amanhã talvez precise da ajuda de alguém que o sustente.



Se hoje podemos ajudar, que o façamos, se hoje podemos servir, que o façamos, mas com amor, com respeito, com humildade, de forma que aquele que estamos servindo se sinta bem, se sinta melhor, amado, compreendido.



Jesus é superior a todos nós nesse planeta e serviu e amou sem distinção, ensinando que devemos viver, sem julgar, sem condenar, sem desprezar, cientes que somos todos iguais, e que da nossa união, da nossa solidariedade é que nosso planeta irá evoluir e se tornar um local onde impere o bem, e o mal não mais tenha guarida em nenhum dos nossos corações.

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